Angra Rock: Hélio Vieira acredita que «vale a pena continuar com o concurso»
Hélio Vieira, responsável pela promotora Azor Waves que organiza o
Angra Rock, desvalorizou o facto de o evento falhar mais uma vez o formato
festival este ano. Em fim-de-semana de concurso, Hélio Vieira diz ainda que o
número de participantes na 14º edição do evento também está dentro das
expectativas.
Questionado pelo jornal Diário Insular da passada sexta-feira se a
crise teria afectado a participação de bandas no concurso, Hélio Vieira relembra
que nas treze edições anteriores tem havido "altos e
baixos". "O mínimo de participações registado até hoje é de seis e o
máximo de onze projectos concorrentes. Este ano temos sete projectos [seis,
sendo que se registou uma desistência] concorrentes e o ano passado tivemos oito, por
isso o nível de participação está dentro do esperado", argumentou.
No entanto, Hélio Vieira não esconde que o cancelamento do formato
festival pela terceira vez desde 2010, por falta de verbas da Câmara Municipal
de Angra do Heroísmo, tem afastado algumas bandas do certame. "Julgo que
podemos concluir que o facto de não haver festival este ano, tal como aconteceu
em 2010 e 2012, tem tido influência a nível de participação, sobretudo de
bandas de São Miguel que participaram quase todos os anos em que havia o
aliciante de partilhar o palco do Bailão, em Setembro, com artistas e bandas
portuguesas e internacionais."
Hélio Vieira recusa-se ainda assim a deitar a toalha ao chão. "Apesar
do Festival Angra Rock estar suspenso, continuamos a acreditar que vale a pena
continuar com o concurso, não só porque como diz o povo 'mais vale pouco do que
nada', mas porque é o evento do género com mais edições realizadas nos Açores e
creio que o que a nível nacional teve lugar mais vezes sem sofrer qualquer
interrupção. (...) [O festival] Não está esquecido. Com uma boa dose de
ingenuidade acreditamos que está 'adormecido' à espera que a 'tempestade' passe. A justificação que foi dada
é que devido à crise não existem disponibilidades financeiras para assegurar a
realização do festival. Sendo assim, só nos resta esperar que a crise acabe",
concluiu, confessando que "sem o festival, o projecto Angra Rock fica
amputado mas não ferido de morte".
