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Músicos Avulso - Ricardo Gil (Eyes For The Blind)

"Falta-nos aquela vontade de ser arrojado, inovar, vencer e conquistar à boa maneira portuguesa"

"Discípulo" de Melissa Cross, mas também de Korn, Limp Bizkit, Sepultura ou Soulfly, este "novato" da cena de peso nacional, radicado nos Açores, não deixa que a juventude lhe tire a vontade de singrar no mundo da música e muito menos a legitimidade de vivê-la apaixonadamente. Mais conhecido por "Sapo", Ricardo Gil é a voz bravia dos Eyes For The Blind, projecto de metalcore que surgiu em 2009 e que destaca no seu currículo a vitória no Concurso Angra Rock 2011. Contestatário do capitalismo desenfreado e apologista do "desenrascanço", é rapaz pacífico e com uma queda pela Ciência. Talvez por isso tenha desenvolvido um novo tipo de crença religiosa...

Data de nascimento e naturalidade?
Nasci a 3 de Maio de 1985 [27 anos] e sou natural da Conceição, Angra do Heroísmo, ilha Terceira.

Como descreve sua terra natal e que sentimentos esta lhe traz? Gosta de ter crescido lá ou se pudesse tinha escolhido outra localidade ou mesmo país para nascer?
Ilha Terceira, uma terra repleta de verde, muita festa e diversão, um dos nove paraísos perdidos no meio do Atlântico. Apesar de algumas condicionantes intrínsecas à insularidade, é um muito bom sítio para se viver. Tem o calmo e o agitado, o rural e o urbano, o mar e a terra, tudo à “mão de semear”, e um verde que faz inveja em muita linda paisagem. Não é à toa que os Açores são considerados como as segundas melhores ilhas do mundo. É preciso dizer mais alguma coisa?

Que traço faz da sua infância? Lembra-se das brincadeiras e traquinices que tinha? Que tipo de miúdo é que era?
Era um miúdo calmo e um pouco acanhado. Sim, lembro-me de algumas. Lembro-me duma maldosa que fiz, embora hoje ria-me bem com isso. Devia ter cinco ou seis anos... estava um colega do colégio a amarrar o sapato em cima de um pequeno muro, mas para o outro lado a altura era maior. Não sei o que me deu... cheguei-me ao pé dele e... vira! Empurrei-lhe pelo muro abaixo mesmo de vontade. Caiu de testa no chão! [risos] Não sei o que me passou pela cabeça, não foi por mal, porque não sou de fazer essas coisas, mas foi merecido, pois que ele andava sempre a atirar com pedras. Portanto, não se perdeu muito, ficámos quites!

Na escola era um aluno empenhado? Que matérias/áreas mais o entusiasmavam e, por outro lado, quais as que mais detestava?
Era completamente distraído! Qualquer coisa servia para me distrair, apanhava as coisas de ouvido mas até não tinha más notas. Ciências era a que mais gostava. Já Matemática e História eram um martírio para mim.

Lembra-se de algum momento marcante enquanto estudante? Alguma curiosidade, brincadeira, traquinice, alguma contenda com algum professor?
Sim, de ver cadeiras e baldes do lixo em madeira a voarem pela janela fora da casa-de-banho dos rapazes do quarto andar e dos arrotos que o "Fifi" mandava no pátio que se ouviam nas salas de aula do quarto andar! [risos] Além de tirar as porcas dos parafusos das cadeiras... Até era calminho, mas, às vezes, também ficava levado da breca. Só acanalhava a aula, principalmente a de Francês. Detestava aquilo.

Concorda com o novo acordo ortográfico?
De maneira nenhuma! Além de não fazer sentido a maior parte das alterações feitas, muitas delas são incoerentes. Além de ser estúpido, querem que se escreva tal e qual como se fala, é um erro. Egito deixa de levar “p”, mas egípcio já leva. Se uma palavra deriva da outra, porque é que a que derivou leva e a palavra de origem não? É estúpido, não?

A sua ligação ao metal surge quando e como?
Surge entre os catorze e os quinze anos, julgo eu, através de colegas de turma do liceu - estávamos por volta de 1998/1999. Nessa altura estava no auge o nu-metal. Comecei por ouvir bandas como Korn, Slipknot, Offspring, Limp Bizkit, Soulfly, Static-X, Deftones, Nirvana e, mais tarde, Godsmack e Machine Head. A partir daí, fui sempre buscando mais influências. Acho até que comecei tarde. Comecei logo por ouvir novos estilos que estavam a emergir na altura e passei um pouco à frente daquilo que seria "obrigatório" conhecer primeiro, como Metallica, Megadeth, Slayer e Iron Maiden. Shame on me!

Como aprendeu, neste caso, a cantar?
Em casa, a decorar as letras de trás para frente, a cantá-las, a querer fazer o mesmo que as bandas faziam e a imaginar-me em cima de um palco... e todas essas coisas malucas. Mas foi principalmente com os álbuns "Slipknot" e "Issues" dos Korn que a vontade de querer cantar veio mais ao de cima. Era o que tinha acesso na altura e que se enquadrava com o meu estado de espírito naquela época.

Qual foi o primeiro disco de metal que ouviu e o que comprou?
De metal que ouvi talvez tenha sido mesmo o "Issues" ou o "Significant Other" dos Limp Bizkit. Que comprei, foi de punk rock, o "Smash" dos The Offspring. Comprei-o a um colega de turma. Não tinha muito dinheiro na altura, portanto, o que ouvia eram cópias dos originais ou cassetes. Porém, lembro-me bem de, mais tarde, ter ido comprar o "Iowa" dos Slipknot, o "Awake" dos Godsmack, o "Uncivilization" dos Biohazard e o "Primitive" dos Soulfly com as faixas bónus todas.

Sempre ouviu metal ou teve aquela fase em que ouvia tudo o que lhe aparecia? Tem, por exemplo, vergonha de certas coisas que ouvia? 
Antes do metal ouvia rap e uma coisa ou outra, tipo Ace Of Base. Mas ouvia muito pouca música antes disso, só em casa dum amigo ou outro. Não, não tenho vergonha, até porque ainda hoje em dia os ouço e também aprecio outros tipos de música que nada têm a ver com o metal (em menor dose e conforme o estado de espírito, mas ouço). Não me enclausuro só no metal. É algo que faz mal, limita os horizontes. Além do metal, gosto muito de misturas de rock com outros estilos e com muita percussão, coisa em que os brasileiros são pro’s.

Qual foi o primeiro concerto a que assistiu?
O dos locais Lithium! De bandas de fora, foi o dos Tarantula, Killing Miranda e Paradise Lost.

E o que mais o marcou até hoje e porquê?
Eu elegia vários: Ramp, Dagoba, Mnemic e Threat Signal. Em Threat Signal, o Jon Howard estava a anunciar o single do novo álbum e eu na fila da frente do Coliseu Micaelense grito: "Fallen Disciples”. Ele ficou a olhar para mim tipo "o álbum acabou de sair como é que este gajo já sabe?". E diz a apontar para mim: “Oh yeah, 'Fallen Disciples'”. Não me esqueço disso. Em Mnemic, no fim do concerto, também no Coliseu Micaelense, os seguranças já não conseguiam conter o público. Então o pessoal que estava todo à "moshada" foi para cima do palco e os Mnemic continuaram a tocar na boa, rodeados de um mar de gente. Foi lindo!

Qual é a sua grande referência musical e porquê?
Tenho várias que até tenho dificuldade em dizer quais. Desde Sepultura e Soulfly, pelo tipo de música e pela mensagem, principalmente, a Slipknot, Tool, até Monuments, Born Of Osiris, Glass Cloud. Sei lá... tanta boa música com tão boa mensagem que todas elas me dizem muito.

Quais são as suas habilitações literárias e qual é a sua ocupação profissional?
Sou Técnico de Higiene e Segurança no Trabalho e Ambiente, actualmente à procura de trabalho. No entanto, encontro-me a tirar uma licenciatura em Energias Renováveis.

Para si, qual seria a profissão ideal?
Músico, claro! Engenharia de som, energias renováveis ou algo ligado ao ambiente e desenvolvimento sustentável, também era perfeito.

Qual é o seu grande hobby?
Ouvir música ao deitar, ao acordar, ao tomar duche, pelo caminho para o trabalho/escola, no trabalho, sempre que for possível. Cantar, ler artigos científicos, astrologia, tocar bateria e mexer em programas de edição de música.

Qual a viagem que mais o marcou até hoje e qual é o seu destino preferido de férias?
Não é que tenha feito muitas viagens, nem para muito longe, mas todas as idas a São Miguel, especialmente para ver concertos de metal e aproveitar as férias, foram sempre marcantes. Para além disso, tenho a felicidade de ter participado no workshop da Melissa Cross. Se não fosse isso, não fazia o que faço hoje.

Que local ou país deseja mais conhecer?
Brasil e Tailândia.

Tem um disco, canção, filme ou série da sua vida?
Hmmm… não me façam perguntas difíceis! [risos]

No sentido inverso; pior disco, canção, filme…
Quanto a isso… “press delete”.

Pratica ou acompanha algum desporto?
Neste momento, não, mas já pratiquei natação, kickboxing e fiz parkour.

É adepto de algum clube de futebol nacional? Qual?
Benfica, mas já nem ligo a futebol, só quando é a Selecção Nacional. Prefiro desportos radicais e de combate.

Utiliza as redes sociais? Que visão tem dessas e que papel lhes atribui?
Sim, o Facebook. Por vezes muito útil, por vezes uma chaga do caraças, porque tudo passa lá, desde notícias, a novidades sobre seja lá o que for, alguma coisa sobre amigos, artigos científicos, bandas, etc.. No fim de contas, não conseguimos viver sem ir lá um dia nem queremos ficar de fora… é triste. Por outro lado, estamos a par de tudo e também é uma boa ferramenta para a divulgação de eventos e bandas.

Consome ou já consumiu ilícitos?
Sim, "leves", que nem deveriam ser ilícitas, mas isso já são outros assuntos. Existem drogas legais que causam mais mortes que as supostas ilícitas e, no entanto, não há problema em consumi-las. São até prescritas pelos médicos e aceites socialmente… go figure.

Uma noite perfeita?
Deixo essa resposta nos meus pensamentos...

É casado? Tem filhos?
Solteiro e sem filhos.

Que facto mais o orgulha e envergonha na história nacional e/ou internacional?
Orgulha-me muito termos sido uma das maiores e mais importantes nações na história do mundo e envergonha-me o que somos hoje e o caminho que estamos a pisar. Somos actualmente um povo sem esperança e sem qualquer visão de futuro. Falta-nos aquele "desenrascanço" e aquela vontade de estar na linha da frente, de ser arrojado, inovar, vencer e conquistar à boa maneira portuguesa, pacífica e gloriosa. Já o fizemos, e bem. Não deveria ser nada de novo para nós, temos tantas possibilidades de fazer mais e melhor mas continuamos sempre à espera do D. Sebastião… Bem disse o Fernando Ribeiro: “Glória antiga, volta a nós!”.

Acredita em Deus? É devoto de alguma religião?
Completamente ateu e bem feliz assim! A minha religião são as moléculas.

Acredita em fenómenos paranormais? Já presenciou algum?
Não às duas questões. Só acreditarei quando presenciá-los e quando tiver bem a certeza de que não se devem a nenhum outro fenómeno que seja explicável.

E em extraterrestres?
Claro! Porque haveríamos de ser os únicos num universo do qual ainda não sabemos quase nada? As possibilidades são infinitas, as condições que se proporcionaram na Terra para o desenvolvimento da vida podem bem acontecer noutro lugar qualquer do Universo.

Para si, qual é o maior flagelo mundial?
O capitalismo desenfreado.

Qual é a sua opinião sobre o aborto e o casamento homossexual?
Tema complicado e sensível. Deixo isso para outra ocasião.

Gosta de animais? Tem algum?
Não tenho, mas gosto. Excepto pinschers e caniches. São ratos que ladram.

Gosta de videojogos? Qual o seu tipo e/ou jogo favorito?
Sim, principalmente RPG’s e estratégia, tipo "Diablo II: LOD", "Diablo III", "Torchlight", por aí.

Enquanto músico, qual foi o momento mais marcante da sua carreira?
Ter vencido o Concurso Angra Rock 2011 com os Eyes For The Blind e sido convidado para participar no EP dos Beyond Confrontation. Ainda, ter integrado o cartaz do Festival Angra Rock no mesmo ano em que vencemos o concurso também foi muito gratificante.

E o mais insólito?
Sei bem qual foi mas nem comento! [risos] Nem me quero lembrar...

Arrepende-se de algo que fez na música?
Não, nada! Tenho é pena de ainda não ter feito mais e ter ido mais longe.

Tem ainda algum sonho por cumprir na música?
Sim, gravar um EP ou álbum a curto prazo. A longo prazo, partilhar o palco com as bandas que mais admiro e ver o nome dos Eyes For The Blind falado em vários países.

Qual é a sua banda/artista nacional e internacional preferidos?
Em termos nacionais, os Before The Torn que já acabaram, com muita pena minha, e os RAMP. No plano internacional, é difícil referir, são tantas… Monuments (mas com o Nemma e o Gregg), Fellsilent, Uneven Structure, Vildhjarta, Born Of Osiris, Volumes, A Plea For Purging, Tesseract, Threat Signal, Glass Cloud, As I Lay Dying, Devildriver, Chimaira, Heaven Shall Burn, Bleeding Through, Caliban, Cypress Hill, Nação Zumbi e Charlie Brown Jr., estes últimos três já noutra vertente. Estes são só alguns dos nomes que me lembro assim de repente.

O que acha da qualidade dos músicos e bandas nacionais?
Acho que é boa e que têm evoluído muito nos últimos tempos. Mas acho muito difícil ter o mesmo acesso a bandas nacionais que temos em relação a bandas estrangeiras. Sinto isso.

O que acha que falha, se é que alguma coisa falha, no panorama musical nacional? Acha que há qualidade e quantidade de infraestruturas e público suficientes?
Localmente, falhas existem muitas, desde a falta de interesse dos proprietários de bares, etc., em apostarem em bandas locais, em proporcionarem espaços para que estas possam tocar e divulgar a sua música, bem como dar as condições ideais aos músicos nas suas actuações (fornecem sempre o mínimo indispensável e mesmo assim), às entidades culturais que nenhuma atenção dão a este estilo de música, à falta de público, de mais músicos e da formação destes, etc., etc.. No panorama nacional, sinceramente não sei como está. A divulgação que vejo é maioritariamente feita pelas próprias bandas ou alguém próximo delas e de uma ou outra webzine que tenta colmatar essa lacuna. Acho que faz falta os media fazerem a sua parte e divulgarem o que se faz por terreno nacional. Existem canais que já passaram boa música nacional mas que o deixaram de fazer. Faz falta esse espaço e a horários decentes também. Este é um estilo de som que tem direito ao seu espaço assim como os outros todos.

A internet é um problema ou uma virtude para os músicos e/ou a indústria discográfica?
É uma faca de dois "legumes", como diz o outro! [risos] De início é uma grande virtude, posteriormente, pode se tornar um grande problema. É excelente porque é o melhor meio de divulgação. Chega a toda a gente e a todos os lados do mundo, o que é belíssimo para uma banda e a sua música, pois se não houver divulgação ela não chega até nós e assim não a consumimos nem interagimos com os fãs. Todavia, torna-se um problema para bandas que já estão bem lançadas e que querem viver da música.

É a favor ou contra a pirataria?
Dizer que sou contra seria hipocrisia minha, porque pratico-a todos os dias. Gosto da música (filmes, livros, manuais, etc.) quero ouvi-la, divulgá-la e conhecê-la melhor, por isso pratico-a, como qualquer outra pessoa. Contudo, adoraria adquirir frequentemente álbuns em suporte físico, ler as letras e apreciar o artwork, mas também gostava que os custos fossem menores. Por outro lado, analisando a pirataria, percebo os efeitos nefastos que tem para quem trabalha, ou seja para quem cria e quer viver do que faz e gosta. Piratear uma obra não dá rendimento ao artista, o que torna a sua carreira inviável e difícil de evoluir. Ainda por outro lado, a pirataria faz com que o seu trabalho chegue a muito mais gente. É um equilíbrio difícil de manter, assim como o caso da pergunta anterior.

O que acha dos organismos que gerem os direitos de autor, nomeadamente a SPA?
São tão importantes que ainda não percebi o que fazem concretamente...

Concorda com as leis que estão a ser estudadas para combater a pirataria (ACTA, SOPA, etc)?
Não sei bem o que estão a tramar, mas não me agrada.

O que é que o irrita mais?
Incompetência e irresponsabilidade.

Qual é a maior surpresa que o podem fazer?
Boa pergunta. Não sei, surpreendam-me...

Já praticou algum acto de solidariedade?
Nem por isso.

Acha que ainda tem algum dom escondido por revelar?
É capaz, mas deve estar mesmo muito bem escondido porque ainda não sei qual é! [risos]

Prefere o Verão ou o Inverno? O sol ou o frio? A praia ou a neve?
Verão e muito sol. Já estou farto de chuva! Praia ou neve… gosto mais do mato!

Qual é o carro dos seus sonhos?
Um que ande sem problemas! [risos] Mas já que insistem, podia ser uma bela duma mota de cross. Gosto muito do Lotus Elise, do McLaren F1, Mitsubishi GT-R ou Nissan Juke-R, que também está muito fixe.

Sente-se dependente do telemóvel?
Já fui mais. Mas infelizmente é uma dependência hoje em dia.

Qual é a sua comida favorita?
Pizza, massas, comida chinesa e comida da minha mãe.

E a bebida?
Ui, cuidado… Tarraço! Tudo menos cerveja, café e aguardente. O resto marcha tudo! [risos]

Sabe cozinhar? Qual o prato que confecciona com maior mestria?
Sim, massas e legumes chineses.

Qual é o seu maior medo?
De depender dos outros para ter uma vida normal, como, por exemplo, de algum dia ficar paraplégico ou tetraplégico. É o que mais aflição me faz.

Tem alguma fobia?
Que tenha conhecimento, não.

Neste momento está optimista em relação à recuperação económica do país?
Nem por isso… ainda vai demorar. Estaria mais optimista se fossem tomadas medidas que fomentassem o desenvolvimento económico, mas fazem precisamente o contrário. Já se começa a ver algum desenvolvimento nesse sentido, vários casos de sucesso a nível de exportações dos nossos produtos, o que é muito bom. Mas ainda é pouco, é preciso mais. Falta a tal visão estratégica dos nossos governantes para o futuro e para a sustentabilidade do país.

Identifica-se com alguma ideologia política?
Power to the people!

Se pudesse recuar no tempo, até onde e quando recuava? Porquê?
Se calhar até recuava, até ao divórcio dos meus pais, mas acho que a minha aprendizagem de vida não seria a mesma. Portanto, acho que deixaria tudo como está.

Acredita na reencarnação? Em quem ou no que gostava de reencarnar numa outra vida?
Não, nem por isso, mas percebo a lógica por detrás. As apetências que já trazemos connosco, figurativamente faz algum sentido, mas quando acho que o corpo acaba, a mente também, não tem suporte. É o corpo que o dá, portanto, não tem razão de existir se não tem um suporte.

É supersticioso?
Não, mas acho que ter um pensamento positivo e pensar para a frente ajuda muito.

Para si, como se descobrem as verdadeiras amizades? O que é uma verdadeira amizade?
Nas alturas mais difíceis. É aquela que até pode nem sempre estar lá, mas que está lá quando é preciso ou que quando está, está mesmo.

Tem tatuagens? Se sim, qual a que mais sentido tem para si?
Ainda não tive hipótese de as fazer, mas quero fazer várias.

E piercings? Se sim, quer revelar onde?
No tragus e na sobrancelha.

Considera-se vaidoso? Que cuidados tem com a aparência e a saúde?
Um bocadito só.

Que tipo de roupa nunca seria capaz de usar?
Qualquer coisa cor-de-rosa, dispenso.

Qual o seu maior defeito e a sua maior virtude?
Ser, por vezes, sincero demais, o que tanto é uma virtude como um grande defeito. Sou bom ouvinte e conselheiro, persistente e lutador, mas também teimoso às vezes.


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