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Switchtense / Angelus Apatrida / Primal Attack / Nuklear Infektion - 17.02.13 - República da Música, Lisboa

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O dia estava chuvoso mas nem isso impediu que se fizesse a festa na passada tarde de domingo, na República da Música, numa mini-tour da qual esta era a última data. Os concertos foram organizados pelos Switchtense que tiveram como convidados especiais os "nuestros hermanos" Angelus Apatrida, sendo que na data de Lisboa, houve espaço ainda para os Primal Attack e Nuklear Infektion.

Eram perto das 16h00 quando as portas finalmente abriram. Cá fora já se encontravam algumas pessoas mas a entrada fez-se de forma bastante rápida e 20 minutos depois deu-se início à festa.

Os escolhidos para abrir as hostilidades foram os lisboetas NUKLEAR INFEKTION, que apesar de terem uma idade bastante jovem, apresentam um óptimo nível técnico que ficou comprovado neste concerto. Ao longo de oito temas houve espaço para tudo, desde as talvez mais conhecidas "Weapons Of Massive Genocide" e "We're On Command" (que sacou o primeiro mosh da tarde), do seu EP de estreia e único disco até ao momento, bem como "Let There Be Blood" e ainda "Troops Of Doom", uma cover dos Sepultura interpretada de forma exemplar. O público parecia gostar e estava rendido à técnica destes "putos de Lisboa".

Seguiam-se os PRIMAL ATTACK numa onda ligeiramente diferente. Apesar da idade dos seus elementos ser superior à da banda anterior, a experiência em palco é ainda pequena sendo que se trata de um grupo recente. Ainda assim era notório que algumas dezenas de pessoas conheciam as suas músicas e cantavam com Pica, o vocalista que, de resto, fez sempre questão de puxar pelo público, que, por sua vez, respondia da melhor forma. Nem os ligeiros problemas técnicos (relacionados com o som) fizeram a banda abrandar, naquele que foi um concerto intenso  e no qual não se notou a pouca experiência ao vivo do quinteto Lisboeta. Pica estava visivelmente contente e orgulhoso do seu concerto e saiu de palco com sensação de dever cumprido.

E já que se fala em intensidade, era chegada a hora da entrada em palco dos ANGELUS APATRIDA, banda muito aguardada por grande parte do público presente na República. Ouve-se o som de uma sirene e a banda entra em palco com "You Are Next", uma intro calma que depressa se desvanece e dá lugar ao caos. É inegável o poder deste quarteto espanhol que afirmou que tinha andado estes dias na sua segunda casa, Portugal. Tanto poder sonoro teve as suas consequências e, logo ao início, um elemento do público que estava a fazer crowd surf é mandado para o palco e faz cair o microfone de Guillermo Izquierdo. Tal impossibilitou o guitarrista/vocalista de cantar uma pequena parte do tema. Nada de grave, sendo que o insólito soltou os risos, não só entre o público como também por parte da banda.

A boa disposição foi, de resto, uma constante e, diga-se, era impossível ser de outra maneira com uma banda deste calibre em palco. O público estava rendido desde o início e parecia saber grande parte das letras. Entre os 45 minutos de concerto, houve espaço para "Clockwork" (do álbum com o mesmo nome), "Give 'Em War" (para a qual Guillermo pediu uma wall of death, sendo bem correspondido pelo público) e "Fresh Pleasure" (que contou com a ajuda de Hugo Andrade, vocalista dos Switchtense), só para dar alguns exemplos.

A comunicação (que foi bastante, diga-se) com o público foi feita sempre em espanhol, excepção para os já famosos "Boa tarde Lisboa" e "Muito obrigado Lisboa", que todas as bandas parecem saber. O concerto termina com uma das faixas mais populares de "Clockwork" - "Blast Off" - e a banda sai de palco sob um forte aplauso e deixa a fasquia bastante elevada para os anfitriões da tarde: SWITCHTENSE.

Vinte minutos para mudar o material necessário em palco e o grupo da Moita começa o concerto com "Face Off", do seu último disco. A determinação da banda era visível e depressa passaram para "Second Life". Não houve espaço para temas mais lentos entre as famosas (e já obrigatórias) "Unbreakable", "State Of Resignation" e "Into The Words Of Chaos". De fora também não podiam ficar os dois temas novos "The Right Track" e "Ghosts Of Past", que o público já conhecia de traz para a frente, e ainda "Blood Of Victory", originalmente lançado no EP "Brainwash Show", em 2006, agora regravado para o disco que a banda estava ali a apresentar. É bom ver bandas desta qualidade no nosso país sendo que, neste caso, trata-se de um grupo que simplesmente não consegue dar maus concertos. Já lá vão mais de dez anos e abrandar não parece fazer parte do seu dicionário.

Hugo partilhava o microfone com as linhas da frente em todos os temas, e em todos eles, sem excepção, o público sabia as letras. Pelo meio o vocalista agradeceu às bandas que tinham tocado antes e deixou ainda um agradecimento especial a todos os que tornaram possível a realização deste CD/DVD no concerto do ano passado no Moita Metal Fest. Palavra especial ainda para os Nuklear Infektion que Hugo admira pelo que têm alcançado com tão tenra idade.

Era chegado o final do concerto e com ele a obrigatória "Infected Blood", que pôs fim à corrente de intensidade que é um concerto dos Switchtense. Mas o público pedia mais e a banda fez a vontade, tocando um tema novo que afirmou ter sido estreado no dia anterior, em Leiria. Trata-se de "We Will Always Be The Same", uma óptima surpresa em jeito de prenda para quem marcou presença nesta matiné da sala lisboeta. Seguiu-se "This Is Only The Beginning", e assim encerrou-se uma hora de concerto da qual todos saíram com um sorriso na cara.

Texto: Bruno Correia
Fotografia: Catarina Torres

Setlist Switchtense:
1. "Face Off"
2. "Second Life"
3." The Right Track"
4. "Unbreakable"
5. "Let Them Die Alone"
6. "State Of Resignation"
7. "Blood Of Victory"
8. "Ghosts Of Past"
9. "Into The Words Of Chaos"
10. "Infected Blood"

Encore:
11. "We Will Always Be The Same"
12. "This Is Only The Beginning"

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