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Entrevista Long Distance Calling

BELEZA INSTRUMENTAL
“Pela primeira vez conseguimos colocar todas as nossas influências num só álbum.”

Formados em Munster na Alemanha, os Long Distance Calling praticam um rock/metal instrumental que mistura guitarras pesadíssimas com ambientes psicadélicos e até depressivos. Lançam agora o seu terceiro álbum, auto-intitulado, após serem bem sucedidos com os anteriores "Avoid The Light" e "Satellite Bay". Na conversa que tivemos com o guitarrista Flo, foi-nos possível perceber as influências e os planos futuros da banda, e ainda o entusiasmo de partilhar uma faixa com John Bush (Anthrax).

“Satellite Bay” e “Avoid The Light” são dois álbuns inovadores. Quais as maiores diferenças que apontariam entre o novo e os antigos lançamentos?
Obrigado pelo elogio. Penso que a maior diferença é que o novo álbum é mais diverso. Pela primeira vez conseguimos colocar todas as nossas influências num só álbum. É mais orientado para as canções do que “Satellite Bay” - o nosso álbum mais post-rock - e o sucessor natural de “Avoid The Light”. Tornámo-nos também melhores músicos nos últimos anos e penso que isso se nota nas novas músicas.

Como correu o processo de criação e gravação do novo álbum desta vez? Já tinham muitas ideias ou elas começaram a aparecer no estúdio?
Todo o processo estava já concluído quando entrámos em estúdio. Não se mudou nada no estúdio excepto alguns sons. Foi a primeira vez que a busca de uma sonoridade perfeita durou mais tempo do que as próprias gravações. Preferimos ter as músicas feitas antes de ir para o estúdio mas claro que mantivemos a nossa mente aberta para fazer algumas mudanças espontâneas e incluir mais ideias.

“Middleville” é mais um tema referencial com vocalizações, seguindo a regra dos anteriores álbuns (“Built Without Hands” - Peter Dolving; “The Nearing Grave” - Jonas Renkse). Como foi trabalhar com John Bush?
Foi absolutamente fantástico! Perguntámos-lhe se queria gravar algumas vocalizações e ele respondeu prontamente. Felizmente ele gostou do que tínhamos e estava interessado em trabalhar connosco. Gravámos a música na nossa sala de ensaios e fizemos upload para ele. Entretanto, o John gravou as suas vocalizações no estúdio de Joey Vera, o seu colega dos Armored Saint. Ele depois mandou-nos a música e ficámos boquiabertos. Fez um trabalho muito bom e é muito bom profissional.

Sei que esta pergunta deve-lhe ter sido feita muitas vezes, mas… Já pensaram fazer um álbum só com vocalistas convidados ou ter um vocalista a tempo inteiro?
Quando formámos a banda, pensámos procurar um vocalista a tempo inteiro mas decidimos permanecer como um projecto instrumental. Pensamos seriamente em fazer um álbum somente com vocalistas convidados um dia. Pode vir a ser muito interessante. Vamos ver o que acontece no futuro.

Com que bandas gostariam de tocar ao vivo?
Poderia ser muito interessante abrir para alguém como Roger Waters ou talvez, por exemplo, os A Perfect Circle, para ser mais realista.

Quais são as vossas maiores influências musicais?
Penso que somos influenciados por tudo o que nos rodeia. Claro que temos todos um passado mais metal mas eu considero-me mais um fã de música do que um fã de um certo género. Como banda, posso dizer que as nossas principais influências são Pink Floyd, Tool, Led Zeppelin ou Alice in Chains.

Como é que é ter uma banda na Alemanha? É possível fazer disso um emprego full-time?
É possível… mas não para nós. Penso que se quiseres viver de música, tens de tocar um género diferente do nosso. (risos) Somos uma banda instrumental influenciada pelo rock dos anos 70… não é o estilo de música que se pode encontrar nas tabelas de vendas alemãs ou mesmo na televisão.

Quais são os vossos planos para o futuro a curto/médio prazo?
Primeiro, vamos andar em digressão na Alemanha e no Reino Unido em Fevereiro e Março e fazer uma segunda digressão pelo resto da Europa em Abril e Maio. Este ano vamos tentar tocar em países em que ainda não tivemos oportunidade de tocar, como os países Escandinavos. Talvez seja possível fazer alguns concertos nos Estados Unidos. Vamos ver…

Mark Martins

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