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Review

THE OATH
“Self-Destructed”
[CD – Code666/Aural Music]

Ao terceiro longa-duração de um percurso já com 11 anos, os franceses The Oath continuam a levar avante a sua vontade de fundir death/black com elementos mais clássicos do heavy metal. Posto isto, “Self-Destructed” não só revela um claro amadurecimento como será, provavelmente, o melhor registo da banda até à data. Se contarmos que esta acaba por ser praticamente desconhecida do grande público, um primeiro contacto neste momento causará, por certo, boa sensação, pois para além da arrumada composição e dos bons riffs a banda tem uma produção moderna que potencia largamente o seu impacto.

Dissecando “Self-Destructed” podemos encontrar um franco bom gosto (e até ousadia) em misturar vozes limpas, bem melódicas e pegajosas, com vozes brutais e riffs bem rasgados, ao jeito de um black metal frio e profano. Se isto num primeiro tema aguça o apetite, já com a entrada serena e mais “cor-de-rosa” de “Embrace”, começamos mesmo a questionar-nos sobre o limite do sentido experimentalista e até anárquico que os The Oath são capazes de empregar ao seu trabalho. A costela black deve bastante aos Cradle Of Filth e Dimmu Borgir, com os teclados a assumirem importante papel nos ambientes. Contudo, estes últimos dão não poucas vezes um ar prog e fantasista à sua música. À parte disso, o peso nunca escasseia, como ditam vários momentos de furiosos blastbeats.

Tudo isto somado e temos um trabalho que, sem concorrer para a definição de um novo estilo, tem vários pontos de comunhão pouca ortodoxa, mas que convivem na perfeição. Com isso os The Oath merecem respeito, nem que seja pelo espírito aventureiro que tentam transmitir e que muitas vezes falta nos dias que correm. [7.9/10] N.C.

Estilo: Death/Black/Heavy Metal

Discografia (álbuns de estúdio):
- “The End Of Times” (2006)
- “4” (2008)
- “Self-Destructed (2010)

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