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Review

TORCHBEARER
“Yersinia Pestis”

[CD – Metal Blade/Recital]

Este grupo sueco tem mais ar de passatempo de amigos do que propriamente de um projecto a sério. Se formos a ver os moldes em que foi criado podemos chegar facilmente a esta conclusão, mas depois de ouvirmos o seu produto até admitimos que “brincadeiras” dessas são muito bem vindas.

Estes Torchbearer formaram-se apenas o ano passado através do guitarrista Christian Alvestam [Unmoored, Incapacity, Solar Dawn] que convidou Henrik Schonstrom – seu colega nos Solar Dawn – para tocar bateria num novo projecto. Para ajudar a carregar esta “tocha”, os dois músicos contactaram ainda três conhecidos seus: o guitarrista Goran Johansson [Setherial, Chaosdemon], o vocalista Par Johansson e o baixista Mikael Degerman [ambos dos Satariel]. Pelo que já viram, o número de projectos em que estes músicos estão envolvidos é grande e daí que a sua experiência esteja bem explícita neste trabalho.

Pois bem, este “Yersinia Pestis” é o primeiro registo deste quinteto, gravado nos Black Lounge Studios com Jonas Kjellgren [Centinex e Carnal Forge] e editado pela Metal Blade, após a primeira editora com por quem assinaram, a Cold Records, se ter juntado à conhecida editora alemã. Quanto à sonoridade propriamente dita e exposta em “Yersinia Pestis”, podemos dizer que compila, com grande mestria e coesão, o que de melhor o thrash e o death têm para dar ou não fossem estes músicos de elevado poderio técnico.

O black metal e a sua frieza também têm lugar num disco que prima principalmente pela rapidez de execução. Os riffs são sempre poderosos e, por vezes, com enorme groove. Alguns teclados poderão ainda ser ouvidos ao longo do disco para além de alguns contorcidos solos de guitarra, cortesia do convidado Tomas Johansson [Unmoored]. A voz de Par, aqui suportada por Christian, desdobra-se em registos guturais e outros mais agudos, tipicamente black metal.

E é basicamente à volta disto que gira “Yersinia Pestis”. Um disco muito forte, directo, brutal mas onde não se vislumbra qualquer inovação. Se bem que os próprios admitem que o objectivo nem era esse... Um disco muito bem conseguido e muito saboroso para os fãs de Deicide, Hipocrisy e Dark Funeral.

[7/10] N.C.
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