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Review

HELLFUELED
“Volume One”

[CD – Black Lodge/Sound Pollution/Recital]

Quase me assustei quando pôs esta rodela de plástico a girar no meu leitor de CD’s! Estaria Ozzy Osbourne inserido num novo projecto musical sem que ninguém tivesse dado conta disso? Obviamente que isso seria improvável, ou melhor, mesmo impossível... Ainda mais vindo este projecto da Suécia e quando toda a gente sabe quase tanto da vida dele quanto ele próprio [permitam-me o exagero, mas desde que o seu reality show foi para o ar que quase nada escapa ao conhecimento público]. Sendo assim, exclui rapidamente esta hipótese mas compreenderão a minha surpresa quando ouvirem a voz deste senhor chamado Andy Alkman que tão assustadoramente se aproxima da de Ozzy Osbourne! Aliás, nem só da de Ozzy como também da de Zakk Wilde, em algumas ocasiões... Será caso para achar que Andy deve estar extremamente orgulhoso das suas capacidades. Afinal de contas, não é todos os dias que se consegue um “dois em um” deste tipo.

Passando agora a falar um pouco do percurso dos Hellfueled, importa saber que esta banda existe há cerca de seis anos e que dela constam elementos que se conhecem já muito bem. Alguns deles tocam juntos desde 1990, como é o caso do guitarrista Jocke e do baterista Kent. Este factor acaba por ser um dos mais importantes a contribuir para a coesão do grupo, bem como a longa espera até arranjar um contracto que lhes deu ainda mais tempo e atitude para crescer.

Inicialmente designados Below, Andy e Henke [baixo] começam a compor os temas para a primeira maqueta da banda. Pelo caminho mudaram de nome algumas vezes – Firebug foi um deles – até que escolhem Hellfueled como título definitivo e de seguida gravam mais um par de maquetas. Apesar da boa aceitação que estavam a ter, não foi nada fácil para a banda arranjar um contracto até que a independente sueca Black Lodge decide dar o passo e assina este primeiro trabalho intitulado “Volume One”.

O que temos aqui é uma boa recriação daquilo que foi a origem do rock na década de 70 através de nomes tão geniais como Black Sabbath e Thin Lizzy. Esta génese do hard’n’heavy convive aqui em doses bastante acrescidas de virtuosismo e elegância. De realçar o excelente trabalho de guitarra de Jock Lundgren que saca soberbos riffs e solos das suas seis cordas.

Capacidades parecem não faltar a estes Hellfueled. A prova é este trabalho de estreia bem coeso. Pede-se agora que a banda vá para além disso e tente criar algo mais original. Tarefa que poderá não ser fácil devido ao cariz da voz de Andy...

[7/10] N.C.
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