photo logopost_zps4920d857.png photo headerteste_zps0e0d15f7.png

Review

ICON & THE BLACK ROSES
“Icon & The Black Roses”

[CD – Dark Wings/SPV/Megamúsica]

No mínimo surpreendente esta estreia! Icon & The Black Roses foi um nome que permaneceu desconhecido do público, guardado a sete chaves [de ouro], durante algum tempo, o tempo suficiente para que tudo estivesse bem fermentado e montado para uma investida infalível. O que não demorou muito, pois o talento estava latente e efervescente, bastando apenas a gravação de uma demo e o tempo suficiente para distribuí-la [curiosamente só no estrangeiro] e surgir o interesse de uma editora, neste caso, da Dark Wings [uma subsidiária da gigante alemã SPV].

Com distribuição em Portugal pela Megamúsica, está então disponível, desde fins de Maio, a estreia homónima deste colectivo dos arredores de Lisboa. Um álbum sem fronteiras que vai buscar às gélidas terras escandinavas o romantismo e a elegância do metal gótico finlandês. No seu melhor e longe de serem uma mera cópia dos H.I.M., os Icon & The Black Roses conseguem com um só disco aquilo que muitas bandas procuram em vários anos de actividade – o potencial de criar grandes canções. Para além de toda a sua capacidade interpretativa, o que realça de facto nesta estreia é a facilidade com que a banda constrói temas absolutamente contagiantes e memoráveis.

Em doze faixas de extremo bom gosto, é raro o momento que não fica para a posteridade com os seus refrões arrebatadores. Atentem à inicial “Black Rose”, “Angel” ou “Black Cage” e ficarão desde logo empanturrados [no bom sentido, claro] com tanta subtileza e bom gosto harmónico. Nesta última faixa entram ainda as vozes de Ana Luísa, um doce e angelical contributo neste preparado charmoso, e ainda as de Natalie em outros tantos temas. “Running Up That Hill” é uma interessante versão de um clássico de Kate Bush e isto é apenas uma pequena amostra daquilo que é este álbum – uma verdadeira colecção de temas em que cada um vale como um todo.

A liderar, está a voz quente e sensual de Johnny Icon, a fazer lembrar, em muito, o vocalista J-P Leppaluoto, dos Charon [aliás, a maior influência da banda]. Tudo isto, embrulhado numa produção de luxo, cortesia de Michael Gerlach e João Silva a partir dos estúdios Musicflash [de Berlim] e com misturas de Charlie Bauerfiend. Um “ramo de rosas” com intenso perfume a sucesso.

[8/10] N.C.
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...