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Entrevista Vortex

NÚCLEO ENÉRGICO

Já com dez anos de existência e com um percurso onde a continuidade e persistência tiveram um papel fundamental, os Vortex, outrora Vortex Core, oriundos de Vila Franca de Xira, trazem-nos em 2003 o seu primeiro EP intitulado “Go Away”. A suceder as maquetas “Deep In The Core” (95), “Consciousness” (96) e “No Love Learned” (2000) este novo EP coloca definitivamente os Vortex no leque das bandas mais promissoras do nosso espectro heavy mais moderno, muito graças a uma energia contagiante que transparece amplamente através dos seus temas e da sua postura ao vivo. A aproveitar a excelente fase que atravessam, a SounD(/)ZonE conversou com Telmo Verdugo, guitarrista dos Vortex.

Antes de mais, como surgiram os Vortex? De quem foi a ideia, como tudo começou...
Os Vortex começaram já há muito como brincadeira, era um sonho de criança ter uma banda. Com o Nuno na banda em 94 e mais tarde o Cláudio, os Vortex Core tomaram uma forma mais séria, tornou-se numa banda promissora, ganhamos mesmo alguns concursos, fizemos bons concertos. Mas nem tudo foi fácil e divertido, por vezes a pressão é muita, tivemos de lutar bastante para nos mantermos juntos. Foi no princípio do ano passado e depois do Zé Punkt ter deixado a banda, que surgiu a vontade de fazer algo novo e diferente fizemos um ensaio com o Rui, tudo se encaixou na perfeição, era o que nos fazia falta, como se tivessem posto pilhas novas e aqui estamos de novo cheios de power!

E o vosso nome tem algum significado especial? Já agora explica-nos porque é que mudaram o vosso nome de Vortex Core para simplesmente Vortex.
Vortex Core apareceu por ideia do Zé e significa algo como “Núcleo do Abismo”, onde toda a energia se concentra e é libertada. Entretanto mudámos, tanto na formação como musicalmente, acho que agora estamos mais envolventes e emotivos, mas também mais abrangentes assim achamos fazer mais sentido no presente chamarmo-nos simplesmente Vortex.

Desde então sei que a banda tem mantido uma actividade bastante positiva tanto a nível de espectáculos como pelas maquetas editadas até agora que foram 3, para além do vosso novo EP de 2003 “Go Away”. Creio que muito pouca gente por cá conhece o vosso material mais antigo. Gostarias de apresentá-lo e traçar um bocado o período que cada um representa para vocês?
A primeira maqueta foi uma experiência caseira, “Deep In The Core” era o rasganço total, grandes guitarradas, sempre gás no máximo. A segunda “Consciousness” sem consciência nenhuma, onde aparece o “Igreijah Manah”, talvez a música que mais marcou os Vortex até ao “Go Away”, numa altura onde nos começamos a definir como banda de balanço e peso, como era o “Emotional Form”. 2000 “No Love Learned” um trabalho bastante mais cuidado e produzido que os anteriores, e foi durante estas gravações que começamos a provar o que seria um trabalho profissional, aprendemos muito e ficámos com vontade de fazer mais. Está aí o “Go Away”, produzido com o Nuno Loureiro, em grande estilo, mostrando raiva, mas também a energia positiva que temos para transmitir, assim e com o apoio da Make Agency e da Paranoid, os Vortex nascem para o mundo, as coisas estão a correr bem, queremos mais e estamos já a preparar uma grande surpresa.

De facto, a produção do “Go Away” está bastante coesa e poderosa. Creio que não podia ser melhor, o Nuno Loureiro tem-se revelado um óptimo produtor dentro do vosso género em Portugal...
Sim, com a vantagem de sermos já amigos de estrada com Squad, Painstruck, as músicas eram novas e estavam ainda a ser estudado, ele ouviu as músicas e fomos gravar no Floyd estúdios em perfeita sintonia, quisemos participar também nas misturas para tornar a produção mais pessoal o Nuno mais uma vez foi excelente, acho que ele também gostou de ter participado e por isso correu tudo tão bem.

Já tens recebido muitas reacções ao vosso novo lançamento? Como têm sido?
Óptimas, recebemos críticas muito boas vindas de todo lado, muito bom! Só nos dá é para fazer mais e mais…

Falando agora da vossa sonoridade. Quando ouvi o vosso EP “Go Away” senti fortes influências de metal mais moderno bem como de algumas outras mais trash na onda de Pantera ou Machine Head. Sei que muitas bandas detestam esta pergunta, mas como achas que devem ser rotulados os Vortex?
Rotular é limitar, por isso eu nem quero pensar em rótulos. Somos uma banda pesada com influências desde Pantera, ok, até Faith No More, muito rock, mas também gosto de ouvir e conhecer coisas novas como musicas tradicionais marroquinas ou irlandesas e até mesmo musica popular portuguesa, eles também ouvem as coisas mais estranhas, tentamos misturar sonoridades diferentes pesadas, melódicas, românticas, à nossa maneira.

Fala-nos um pouco das vossas letras. O que é que vocês pretendem espelhar com elas?
Cada música fala por si, no “Go Away”, existe um sentimento de revolta muito grande, na “Supernova”, a mudança para um mundo ainda mais violento, foi a primeira desde a entrada do Rui, já a “Cold” relembra um amor nunca curado, o que queremos é que cada um se identifique com as músicas, não queremos ditar regras, acima de tudo queremos transmitir energia e força.

Uma vez que vocês já têm tanto material editado porque foi que optaram por gravar apenas 4 músicas?
Praticamente começamos tudo de novo e esta música foram feitas especialmente para este EP, a marcar uma nova etapa, o que esta para trás continua a fazer parte dos Vortex, estava na altura de musicas novas e entre outras optamos por estas, continuamos sempre a compor e até talvez tocar ao vivo musicas novas entre outras coisas que temos de fazer… se tudo continuar assim brevemente teremos um álbum.

Actualmente passaste a exercer apenas a função de guitarrista com a saída do Zé Punkt. A que foi que se deveu o abandono do Zé? Notei nos teus agradecimentos que continua a haver muito afecto por ele, por isso suponho que tenha sido um motivo bastante forte para ele ter saído...
Claro que sim o Zé sempre foi um grande amigo e será sempre um Vortex, continua a encontrar-se com o pessoal e tem sempre uma opinião a dar, o que acho muito fixe, sempre um amigo mesmo quando saiu, escolheu outro caminho, só isso.

Os vossos últimos tempos como têm sido? Muitos concertos, muita promoção ao novo EP?
A promoção tem sido óptima estamos a rodar em muitas rádios, revistas, na net, por todo lado, chegamos a França, Itália, Brasil, Rússia e tantos outros, desde T’ shirts a fotos. Lindo! Temos tocado e vamos estar no Hard Club o que para nós é uma grande conquista esperamos outras boas oportunidades, gostávamos de tocar nas melhores salas… talvez uma ida a S. Miguel por exemplo!

E para complementar, o que é que vocês estão planeando para os próximos tempos? Qual é o vosso próximo passo?
Continuar sempre a compor e a tocar, terminar o novo Site, um vídeo talvez, novo álbum… Tudo aquilo que podermos fazer!

Nuno Costa
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