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Entrevista Sworn Enemy

DE PUNHOS CERRADOS

Fruto da génese do hardcore – Nova Iorque - e formados em fins de 1997, os Sworn Enemy imergiram ao longo dos últimos anos na cena underground americana graças ao bem sucedido EP “Negative Outlook” e ao seu álbum de estreia “As Real As It Gets”. Acumulando a isso a experiência das inúmeras datas com Madball, Six Feet Under, Hatebreed, entre outros, permitiu-lhes agora apresentarem-se em 2006 com um álbum ainda mais coeso e potente. “The Beginning Of The End” é o curioso título do terceiro trabalho dos Sworn Enemy, que marca a estreia com a camisola da Century Media, e apresenta uma abrasiva mistura entre metal/thrash e a atitude hardcore, só mesmo ao alcance de uma banda natural de Nova Iorque. Aqui ficam as palavras que a SounD(/)ZonE trocou com o vocalista Sal LoCoco.

Com cerca de dez anos de existência, como se sentem por se terem demarcado no meio de tantas bandas por este mundo fora? Sentes que muita coisa mudou, como músicos e pessoas, desde 1997?
Para ser sincero, eu sinto-me exactamente como a mesma pessoa que era há uns anos atrás. Não penso que muita coisa tenha mudado. Mas é apenas a minha opinião. A única mudança que sinto desde então é na quantidade de digressões que temos feito e no som dos Sworn Enemy.

Uma vez que já estiveram juntos em digressão com os Hatebreed, God Forbid, Unearth, DRI, entre outros, para além de uma presença no Ozzfest 2003 ao lado de bandas como os Madball e Six Feet Under, quais são as vossas perspectivas, a nível de concertos, para 2006? Já há algo em concreto para este verão?
Eu tento não pensar muito nisso porque às vezes deixas-te levar por isso. Depois o que começas a fazer é apenas preocupares-te com qual é a tua próxima digressão, com quem e onde vai ser... Eu apenas tomo a excitante consciência do quão sortudo eu sou por poder fazer digressões. Não estou bem dentro do que nos pode acontecer este verão, mas tenho a certeza que vai ser muito bom.

Uma vez que vocês conseguem misturar tão bem o metal com o hardcore, podemos dizer que vocês representam perfeitamente o conceito metalcore. Também és da mesma opinião ou tens uma perspectiva diferente em relação ao vosso som?
Sinceramente, eu detesto que nos metam este ou aquele rótulo. Se me perguntarem qual é o estilo de música que tocamos, eu simplesmente respondo que tocamos o nosso próprio estilo! Porque não nos parecemos com a maioria das bandas de metalcore que por aí andam e nem queremos porque, sinceramente, acho a maioria delas terríveis!

Desde a altura em que vocês se formaram o metal mudou um bocado, incutido novas tendências. Consideras que vocês também acompanharam essas tendências? Por exemplo, o vosso primeiro álbum era muito mais directo e cru do que o novo “The Beginning Of The End”…
Eu penso que é apenas um sinal normal de progresso na nossa sonoridade que está presente neste novo trabalho. Também é preciso ter em conta que “As Real As It Gets” foi gravado apenas em seis dias, por isso, se tivessemos o mesmo tempo para gravá-lo como tivemos para este novo disco as coisas teriam, certamente, soado diferente. Este novo disco era disco que estávamos à procura de fazer no nosso último trabalho, mas que não foi possível devido às circunstâncias.

Como decorreram as gravações de “The Beginning Of The End”? Na faixa escondida que contém, parece-me perceptível o quão divertido foi gravar este novo disco...
Foi, de facto, muito divertido gravar este novo álbum. Nos viajámos até San Diego e estivemos uns dias com o pessoal dos As I Lay Dying. O Tim é que foi o produtor, por isso, foi muito fixe trabalhar com ele diariamente. Eu acredito que tenha sido por isso que nos tenhamos divertido e então decidimos gravar aquela faixa escondida para que as pessoas pudessem também perceber que somos uma banda divertida.

O vídeo de “Scarred Of The Unknown” foi gravado num cemitério. Existe algum motivo especial para isso ou acharam simplesmente um sítio fixe para gravar o vídeo?
Penso que todos achámos que se tratava de um sítio fixe para filmar. Para além disso, encaixa perfeitamente com as letras…

Podes falar-nos sobre a base contextual das vossas letras? O título “The Beginning Of The End”, por exemplo, refere-se a quê? Será por causa do caos que se vive actualmente no mundo?
Eu não tento fazer nada demasiado complexo com as letras, apenas tento escrever curtas histórias sobre qualquer coisa que me prenda a atenção, seja esta sobre guerra ou religião... Desde que ache que valha a pena. Quanto ao título do disco, deixo em aberto para cada um interpretar à sua forma.

Provavelmente, vocês têm agendados muitos concertos para os próximos meses. Estão eventualmente a pensar gravar alguns para edição de um futuro DVD?
Eu penso que neste momento ainda não somos “grandes” o suficiente para gravarmos um DVD. Mas quando atingirmos este nível e nos for permitido, iremos sim gravar um.

Para terminar, gostarias de deixar alguma mensagem ao metalheads portugueses?
Adquiram o novo CD de Sworn Enemy quando este sair e esperamos, sinceramente, poder ir ao vosso país e para estarmos com vocês, seus sacanas malucos!! (risos)

www.swornenemynyc.com

Ruben Bento
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