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Entrevista Cult Of Luna

MISTÉRIO DA SALVAÇÃO

Intérpretes de grande carácter, os Cult Of Luna desenvolvem de forma muito pessoal um metal extremo de orientação ambiental, onde a característica principal é a intensidade. “Salvation” surge no seguimento de uma carreira em crescendo, revelada pelo álbum “The Beyond”. Magnus Lindberg, guitarrista, percussionista e produtor, em estado de lunação.

Bem, os vossos últimos tempos serviram para vos fazer emergir na cena metálica com excelentes críticas um pouco por todo o mundo. O vosso último álbum foi muito aclamado. Alguma vez esperaste por algo como isto?
Bem, quando lançámos o nosso primeiro álbum nunca pensámos, de modo algum, vir a receber excelentes críticas. Após compormos o “The Beyond” nós começamos a pensar que as pessoas poderiam gostar dele, mas nós nunca tivemos grandes expectativas. Agora que lançamos o “Salvation”, é a primeira vez que pensamos que merecemos boas reviews, para ser honesto. Estamos super contentes com ele e acreditamos verdadeiramente que encontramos o nosso som. Isto é nós!

Vocês sentiram alguma espécie de pressão ao compor este novo álbum?
Não, de ninguém, excepto de nós. Nós concentrámo-nos verdadeiramente para que este álbum representasse o melhor que conseguimos fazer nesta altura. E enquanto os nossos sentimentos se mantiverem assim, podemos dizer que conseguimos atingir os nossos objectivos.

Conta-me: o facto da banda estar sedeada num ponto frio e longínquo, no norte da Suécia [Umea], longe das grandes metrópoles, contribui de alguma forma para vos ajudar a encontrar o som singular e único que vocês possuem? Ele inspira-vos de alguma forma?
Hmmm… Bem, eu penso que este retrato de Umea é algo exagerado. Ele não fica tão longe nem é tão frio como algumas pessoas gostam de pensar. Eu posso ir até Londres em 3 horas… Desculpa destruir-vos a ilusão camaradas! [risos] Mas sim, eu penso que o ambiente à nossa volta está a ter o seu impacto na forma como soamos, definitivamente. Seria estranho de outra forma.

Este novo álbum fala de “Salvação”, salvação da sociedade do mundo moderno. O que te preocupa mais nos dias que correm?
A apatia das pessoas… e as decisões inconsequentes feitas pelos políticos.

Musicalmente, vocês procuraram novos patamares com este novo álbum, dando prioridade à simplicidade e às partes mais melódicas. Não obstante, a intensidade continua toda lá, intacta. O que foi que vocês tinham em mente quando partiram para a composição deste álbum?
Eu penso que a questão resume-o muito bem. Nós queríamos ter um som muito mais concentrado do que antes. Nós estávamos fartos da cena da “parede sonora”. Por isso, basicamente demos espaço a cada instrumento para poder progredir, tanto em estúdio como durante a composição. Tu simplesmente não precisas de cem guitarras para pareceres “pesado”. Isto apenas torna as coisas confusas e ofuscadas. Nós fizemos questão de realçar a música desta vez, na minha opinião!

Vocês contam com um novo baterista neste novo álbum. Estão contentes por trabalhar com ele?
Sim, claro! Ele é um super-baterista e um verdadeiro amigo. A bateria é muito importante para a nossa música e ele é provavelmente o melhor baterista com quem trabalhei num estúdio.

A versão promocional de “Salvation” tem menos uma música e até vem numa versão unmastered, tal como a versão que circula na Internet. Eu diria que é uma excelente ideia para manter as pessoas atentas ao trabalho final do disco até ao dia em que este for lançado, bem como, combater a pirataria.
Na realidade não falta nenhuma música no CD promocional. Está apenas sem masterização. Isto não foi nada planeado, foi só uma maneira de manter a data de lançamento intacta uma vez que estávamos atrasados com a mistura do disco. Mas como tu dizes, algo de bom pode vir juntamente com isto. A versão final é muito mais limpa, com o som um pouco mais alto, enfim, a peça de arte que as pessoas deviam ouvir desde o princípio.

Vocês contam com um convidado especial no disco. Trata-se de Lou Tiger. Fala-nos mais dele. Como foi que ele apareceu no disco? Ele tem alguma coisa a ver com o metal?
Sim, é um gajo chamado Rasmus Kellerman (Tiger Lou), de Estocolmo, e é muito bom cantor indie pop. Ficamos a saber que ele era um grande fã nosso, por isso, perguntámos-lhe se ele queria cantar algo connosco. Ele aceitou de bom agrado e veio aos estúdios Tonteknik, em Umea, onde permaneceu durante um dia. O resultado é estupendo, penso eu!

Vocês começaram a vossa tournée promocional com um concerto no dia 4 de Outubro. Como foi que correu?
Foi um espectáculo estonteante!

Após isto seguiram-se já uma série de 15 concertos consecutivos. Agora o que é que podemos esperar? Talvez uma vinda a Portugal?
Esperamos voltar ao sul da Europa em breve. Nós realmente queríamos muito passar por Portugal e penso mesmo que vai acontecer. Mantenham-se atentos amigos!

Nuno Costa
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