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Entrevista Construcdead

ARQUITECTOS DA VIOLÊNCIA

Oriundos de Estocolmo, os Construcdead acabam de lançar o seu segundo trabalho. “Violadead” traz-nos de volta um experiente quinteto onde consta Erik Thyselius, baterista dos Terror 2000, banda onde também pontifica Bjorn “Speed” dos Soilwork. O produtor é Peter Wichers dos Soilwork. Perante isto não será difícil adivinhar a sonoridade que lhes advém. Death metal melódico bem ao jeito de uns Soilwork e In Flames, pronto a contagiar todos os apreciadores do género. Erik Thyselius foi o elemento a depor para a SounD(/)ZonE.

Tu és o principal precursor deste grupo, certo? Como foi que tudo começou?
Bem, não sei se será assim, nós todos temos as mesmas responsabilidades e todos contribuímos da mesma forma para a banda. Creio que te referes ao nascimento da banda. Eu, o Richard e o Christian começámos com a banda em 1999 porque chegámos à conclusão de que a música que estávamos a fazer nessa altura não era exactamente aquela que queríamos tocar. Então juntámos alguns músicos e começámos a tocar.

Desta vez vocês experimentaram um novo estúdio e um novo produtor. Como foi gravar o novo álbum com o Peter Wichers dos Soilwork?
A razão porque gravámos em Queenstreet e usámos o Peter como produtor foi simples. Eu conheço os Soilwork há muitos anos e o Henry e o Bjorn são meus amigos há mais de dez anos e então conversei com o Peter enquanto estávamos em digressão no Japão. Como partilhamos a mesma forma de trabalhar ficamos todos muito contentes com o resultado final.

É então por isso que temos ainda o Peter e outros elementos dos Soilwork a participarem nalguns temas...
Somos todos muito amigos e eles acabaram por acompanhar todo o nosso processo em estúdio. Penso que esta decisão foi tomada quando estávamos no Japão numa noite rodeados de bebida e ficámos todos muito contentes com a ideia (risos).

Fala-nos da música em “Violaded”. Quais foram as motivações desta vez?
Bem, penso que as motivações estão sempre lá mas aconteceu tudo como sempre: as pequenas coisas que nos irritam acabam por ser transportadas através da raiva para a música. Quero com isto dizer que existem tantas coisas por aí em que nos podemos inspirar e tantas boas bandas que hoje em dia não é difícil arranjar fontes de inspiração.

Quais as maiores diferenças que encontras entre este álbum e o anterior “Repent”?
O nosso objectivo com esse álbum era chegar a muitas mais pessoas do que anteriormente. Queríamos empregar mais dinâmica à música e desenvolver uma maior variedade. Queríamos que algumas canções tivessem vozes limpas nos coros, mas não em demasia, sem nunca abrandar a velocidade e a intensidade que tínhamos em “Repent”.

Logo após o lançamento de “Repent”, os Construcdead separaram-se de Jonas Sandberg, o vosso vocalista original. O que foi que se passou?
Demorou algum tempo até que o Jonas decidisse mesmo abandonar a banda. Nós tínhamos algumas diferenças de opiniões e o Jonas sentiu que estava na altura de deixar outra pessoa fazer as vozes. Não temos qualquer ressentimento entre nós, e nunca tivemos, e respeitámo-lo muito, bem como à sua decisão. No nosso último concerto o Jonas até participou em palco com todos nós a executarmos “Moral In Corrosion”

Foi muito difícil encontrar um novo vocalista que se encaixasse na banda?
Tentámos vários vocalistas até encontrar o Peter. Foi uma recomendação do Toni dos Transport League e tudo funcionou na perfeição.

Tem sido muito diferente trabalhar com o Peter?
O Jonas e o Peter trabalham de forma muito diferente. Com o Jonas trabalhámos e desenvolvemos os temas todos na sala de ensaio e fizemos ainda uma pre-produção antes de gravar o “Repent”. Quando o Peter chegou começamos a usar o computador e a fazer todas as músicas nele, com baterias MIDI, guitarras, baixo e vozes. Mais tarde, quando as músicas estavam a soar como queríamos levei os temas para o estúdio e fiz as partes da bateria cuidadosamente e com paciência. Desta maneira sentimos que as coisas tinham sido mais bem “pensadas” do que antes e penso que vamos continuar a usar este método no futuro.

E quanto à cena sueca, qual é a tua opinião?
Existem montes de bandas na Suécia e o problema parece ser mesmo esse. Existem tantas grandes bandas como os Hatelight, Lingua, Exequor só para mencionar algumas. O que acontece é que as editoras não estão interessadas no talento. Também não existem muitos sítios para tocar ao vivo.

E como vão as coisas com os Terror 2000?
As coisas vão bem. Estamos neste momento parados devido ao calendário muito preenchido do Bjorn. Mas estamos a planear fazer um álbum num futuro próximo. Tocámos ao vivo pela primeira vez em Tóquio há cerca de um ano por isso já estámos cheios de inspiração para escrever material novo.

Já lançaste dois álbuns com os Terror 2000... Como te sentes em relação à banda? As reacções têm correspondido às expectativas?
Sim, estamos muito felizes. Como tinha dito fizemos uma pausa e estamos a concentrar-nos num grande regresso em 2005. As reacções têm sido óptimas mas não levamos isso muito em conta. Nós tocamos aquilo que gostamos de tocar e ouvir, por isso não nos preocupamos com o resto.

O que têm planeado para o futuro para além do álbum? Talvez um DVD?
(risos) Bem, vamos ver... Nós gravámos quase 6 horas e meia de filmagens quando estávamos no Japão e conhecemos tanta gente maluca que seria muito fixe se lançássemos esta Terror In Japan Tour em DVD. Se assim não for, iremos pôr algum desse material no nosso site.

Nuno Costa
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