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Entrevista Beseech

O DRAMA DA VIDA

As gélidas paisagens escandinavas são, de facto, o berço perfeito para bandas como os Beseech. Oriundo de Boras, na Suécia, este sexteto de metal gótico prepara-se de novo para penetrar no lado mais obscuro das nossas mentes com a edição do novíssimo e surpreendente “Drama”. Com um som cada vez mais acessível, este parece ser o passo definitivo para levar os Beseech a um público mais vasto e diversificado. Estilisticamente influenciados por bandas como os Type O Negative e sob uma produção de luxo – cortesia de Christian Silver - os Beseech afirmam-se assim, como uma das propostas mais refrescantes do espectro goth europeu. Sobre o digno sucessor de “Souls Highway” e sobre a própria pessoa, a SounD(/)ZonE colocou algumas questões à vocalista Lotta Hoglin.


Juntaste-te à banda algures em 2000 quando os Beseech gravaram o seu segundo álbum – “Black Emotions”. Como surgiu a oportunidade de te juntares a eles?
Eu comecei a trabalhar como webdesigner há 3 anos atrás onde o Mikael e o Klas já trabalhavam. Nessa altura, eu estava a cantar numa outra banda, a qual eles conheceram e perguntaram-me se eu queria juntar-me a eles no álbum “From A Bleeding Heart”. Como poderia eu dizer que não a um convite desses?! Nós somos como uma grande família e rimo-nos sempre muito quando estamos juntos.

Fala-me do teu background musical.
Eu cresci numa família de músicos, sempre estive rodeada de música à minha volta e eu costumava fazer os meus pequeninos espectáculos e a apresentava-os perante toda a família quando era pequena. Aprendi a tocar piano aos sete anos e costumava tocar e cantar em conjunto com a minha irmã. Mais tarde, comecei a juntar-me a bandas. Na verdade, eu tocava bateria na minha primeira banda. Depois encontrei outra banda onde fazia as vozes de fundo e foi nessa altura que comecei a ter algumas aulas de canto. Em 2000 juntei-me aos Beseech e agora cá estou eu...

Com “Drama” estabeleci o meu primeiro contacto com a vossa música e pensei: como pode uma banda como a vossa continuar anónima para tanta gente? E segundo o que tenho lido sobre este novo trabalho, todos indicam que este é vosso melhor álbum de sempre. O que esperas do público agora que “Drama” vai ser lançado no final de Janeiro?
O que esperamos do público é que ele goste do novo álbum e que com este novo trabalho possamos chegar a uma audiência maior. O que temos vindo a aprender é que é muito importante dar o maior número de espectáculos possível caso contrário, é muito difícil para uma banda pequena como nós encontrar novos fãs... e tocar ao vivo é o que gostamos mais de fazer!

De que forma este novo disco se distancia do anterior “Souls Highway”?
“Drama” é um bocado mais comercial, diria eu, e talvez mais fácil de absorver do que os outros anteriores. O novo álbum é, em todos sentidos, mais bem produzido com imagens a condizer, letras e performance ao vivo e por aí fora...E depois há uma grande mudança sem o Klas a compor.

A única coisa que me desapontou em “Drama” é que só contém oito temas! Porquê?!
Bem, nós trabalhamos arduamente no estúdio com este álbum e o tempo não estava do nosso lado... É como se diz: “O tempo voa quando nos estamos a divertir...” Mas para compensar as poucas faixas irá ser lançado um CD-rom junto com o álbum. Lá irão encontrar coisas como fotos antigas e um concurso especial onde poderão ganhar bons prémios e outro material fixe!

Desde a formação da banda em 1992, vocês atravessaram algumas mudanças de line-up. O Klas era o mentor da banda mas com a sua saída vocês parecem ter evoluído para uma postura mais refrescante. Também o Jorgen deixou a banda e o Erik substitui-o. Como é que descreves a actual fase dos Beseech e a forma como trabalham?
A música acaba sempre por mudar sempre que entra e sai um elemento. Neste álbum a diferença é que trabalhámos mais como uma equipa completa e isto é uma boa coisa. Tu consegues conectar-te muito mais à música quando tiveres feito parte do processo de criação. E para nós isso foi um progresso no sentido certo quando acontecem alterações...

Também a vossa editora mudou várias vezes. “Drama” é vosso segundo lançamento pela Napalm. Como tem sido trabalhar com a Napalm Records?
Até agora tem sido muito bom comparando com as editoras anteriores, a Metal Blade e a Pavement Music, mas existem, obviamente, coisas que podem melhorar e a Napalm está a crescer cada vez mais como editora. Eu penso que nós também somos um bocado difíceis de lidar uma vez que temos sempre uma opinião a dar sobre o seu trabalho mas agora conhecemo-nos bem uns aos outros e o que queremos com a música. Só espero que a Napalm se atreva a apostar bastante em nós porque acho que somos a banda mais comercial e do tipo de banda mais acessível que eles têm no seu catálogo e talvez por isso devam encontrar uma forma diferente de nos promover.

Quem escreveu as letras para este novo disco? Podes falar-nos mais sobre os seus assuntos e porquê o título “Drama”?
O Robert, o Erik e o Mikael foram os que escreveram as letras para as canções do novo álbum. O porquê de termos dado o título “Drama” ao disco prende-se com o facto das letras se basearem na vida, nas coisas difíceis pelas quais temos que lutar e o quão dramática a vida pode ser por vezes. A vida é como um espectáculo que tens que seguir até ao fim não interessa como, mesmo quando tudo é tão difícil, como podemos ver nas letras de “Drama”.

Agora falando da produção do disco. O som apresenta-se óptimo e perfeita-mente encaixado na sonoridade da banda. Posso imaginar como vocês estão contentes com o trabalho de produção do Christian Silver...
Oh sim, definitivamente estamos! O Christian Silver fez um magnífico trabalho com a produção! Nós já trabalhámos com ele nos últimos 3 álbuns (e na nossa terceira demo) e nunca tínhamos chegado a nada parecido. Ele conhece muito bem o seu trabalho e é uma excelente pessoa com quem se possa trabalhar em conjunto.

O que é que está a ser planeado para a vossa tournée promocional? Eu sei que vocês já têm alguns concertos agendados na Suécia, Alemanha, Holanda e Bélgica para os próximos dois meses. O que podemos esperar depois? Talvez uma vinda a Portugal?
Nós ainda estamos no princípio do nosso calendário para este disco e tudo é possível... Mantenham-se atentos e procurem no nosso novo site – www.beseech.net - pelas datas dos próximos concertos, informação sobre as tournées e outras informações.

Algum comentário final?
Não se esqueçam de ouvir o “Drama” se querem algo fresco e interessante dentro deste estilo de música.

Nuno Costa
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